De origem africana e inserido ilegalmente no Brasil na década de 80, o Achatina fulicaste, mais conhecido como caramujo africano, é hermafrodita e realizam a postura de cerca de 400 ovos quatro vezes por ano, o que significa possibilidade de grande proliferação.
Duas das doenças transmitidas pelo caramujo africano são: a Angiostrongylus costaricensis (angiostrongilíaseabdonimal) doença que provoca perfuração intestinal, peritonite e gemorragia, pdendo levar à morte caso não tenha dignóstico e tratamento correto.
Seus sintomas são semelhantes aos da apendicite; a outra doença é a Angiostrongylus cantonensis: (angiostrongilíase meningoencefálica), de sintomas variáveis, mas muitas vezes fatal. Os sintomas podem se arrastar por meses ocorrendo casos de lesões oculares permanentes (cegueira). Até a meningite pode ser transmitida pelo caramujo africano.
Como outros caracóis, ele aprecia a umidade e a sombra, se locomovendo e se alimentando mais à noite e em dias nublados e chuvosos. É capaz de escalar muros e árvores e desta forma transpor de um terreno a outro. Em períodos de verão, como o atual, com calor e umidade, principalmente com chuvas no fim do dia, sua proliferação e manifestação é mais percebida.
CUIDADOS
Considerando que os microrganismos causadores das doenças estão presentes na secreção que o caramujo deixa ao se locomover, é importante que sejam tomados alguns cuidados com os alimentos, principalmente nos hortifrútis. Assim, é fundamental que se faça uma mistura de um litro de água com uma colher de sopa de água sanitária e mergulhe as verduras por um período entre 15 e 20 minutos. Depois é só enxaguar.
Nunca pegue um caramujo com as mãos descobertas.
COMBATE
Ao se depararem com infestações de caramujo-africano, as pessoas logo pensam em venenos para controlá-los. Infelizmente os caracóis e lesmas em geral são muito resistentes a venenos e os únicos produtos comerciais disponíveis (metaldeídos), demonstram elevada toxicidade para os seres humanos e outros animais, de forma que a utilização de pesticidas não é recomendada.
O controle do caramujo-africano consiste na catação e destruição dos caramujos. Jamais os coloque no lixo, pois estará disseminando o problema e contaminando o ambiente. Também não coloque sal nos animais, pois assim estará contaminando o solo.
É aconselhável que o controle seja feito da seguinte forma:
1. Utilize luvas descartáveis para pegar e manusear os animais;
2. Não coma, fume ou beba durante o manuseio do caramujo;
3. Coloque os caramujos em sacos plásticos e quebre suas conchas (os ovos devem receber o mesmo tratamento);
4. Enterre as sacolas com os caramujos quebrados;
5. Aplique cal virgem sobre os caramujos quebrados (cuidado, o cal queima a pele);
6. Feche a vala com terra;
7. Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso.
Manter o jardim limpo de folhas mortas e frutos caídos também irá afastar os bichos. Não esqueça: as pragas só vivem e se multiplicam onde lhes é oferecido abrigo, comida e água.
fonte: http://www.gazetadopantanal.com/2016/01/caramujo-africano-e-uma-ameaca-a-saude-e-ao-meio-ambiente/