No primeiro semestre deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 62 acidentes com escorpiões. Foram 27 a mais que o primeiro semestre do ano passado. Das três espécies de escorpiões existentes no município, o mais perigoso é o amarelo, da espécie serrulatus. Também neste período, o número de escorpiões recolhidos superou o ano todo de 2017, com 121 animais a mais. Foram recolhidos, este ano, 393 escorpiões, sendo 364 amarelos (espécie serrulatus), 28 pretos (Tityus bahiensis), um ananteris. Enquanto em 2017, foram 293 recolhidos. Destes, 232 amarelos, 59 preto e dois ananteris.
O número de reclamações e atendimentos referente ao primeiro semestre de 2018 também registra maior número, quase superando o ano todo de 2017, onde tiveram 659 reclamações atendidas. Neste ano, foram registradas 648 reclamações, todas já atendidas. O bairro com maior incidência de escorpião este ano é a Zona 5, com 36 escorpiões encontrados, seguido do Jardim Monte Rei, com 33 e Jardim Itália, com 32. Além desses, foram encontrados animais na Zona 3 (23), Batel (20), Cidade Nova (16), Itália II (16), Pinheiros I (15), Tóquio (15) e Vila Morangueira (15).
Mesmo nas baixas temperaturas é necessário prestar atenção para não ser surpreendido. Cada morador é responsável pelo seu espaço. O controle de escorpiões realizado pela Secretaria da Saúde, por meio do Plano Municipal de Controle de Escorpião, percorre as regiões públicas, como escolas e Unidades Básicas de Saúde (UBS), por exemplo. A orientação é manter o quintal sempre limpo. Não utilizar venenos, pois isso apenas desaloja o escorpião e não o extermina. Criar galinhas-d’angola também ajuda no controle de animais peçonhentos. Essa espécie de galinha tem hábitos noturnos, assim como o escorpião. Dentro de casa, utilizar telas de proteção nos ralos ou tampas, evitando a passagem do bicho. Nas portas, colocar barreiras na entrada, principalmente à noite.
No entorno das residências e nos locais públicos são realizadas ‘buscas ativas’, com equipes capacitadas da Secretaria de Saúde, além de mais de 200 agentes da dengue que também são treinados para o controle do escorpião. Junto a eles, a Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) auxilia quando é necessária a remoção de materiais pesados na hora da busca, como tampa de bueiros e entulhos. Ao encontrar escorpiões, a pessoa deve ligar para o 160, da Ouvidoria da Saúde, informando o endereço e a situação para a visita e orientação dos agentes da zoonoses.Em casos de acidente, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizam o pré-atendimento. Se houver sintomas mais fortes, a pessoa deve procurar uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Fonte: http://maringa.odiario.com/maringa/2018/07/escorpioes-voltam-a-preocupar-saude/2505749/