Os pombos invadiram as ruas de Campinas. Do Largo do Rosário, que sempre foi um local de grande concentração dessas aves, se proliferaram para outras áreas do centro e Cambuí, por exemplo. Apesar de convívio agradável para alguns e até motivo de diversão para crianças, os pombos tem se tornado um incômodo para outros.
A principal dúvida é em relação às possíveis doenças que os pombos possam transmitir. A médica veterinária da unidade de vigilância de zoonoses de Campinas, Tosca De Lucca, minimiza a possibilidade de toxoplasmose, que só pode ocorrer se a pessoa se alimentar da carne crua dos pombos.
No entanto, Tosca alerta para o perigo de outras doenças como criptococose e histoplasmose, adquiridas pelo contado com as fezes dos pombos em ambiente sem ventilação e que podem causar até meningite.
Para evitar o contágio, a especialista recomenda a colocação de água com cloro no local dos excrementos, uma hora antes de fazer a limpeza em locais fechados. A sujeira deixada pelos pombos em tubulações de ar condicionado pode também gerar problemas alérgicos.
No entanto, o presidente da Associação Amigos dos Animais de Campinas, Flávio Lamas, garante que o perigo dessas aves transmitirem doenças é muito pequeno. Ele cita o exemplo da Praça de São Pedro, do Vaticano, onde os pombos nunca causaram vítimas e até se tornaram atração turística. Flávio Lamas condena totalmente quem os associa a ratos voadores. É bom lembrar que os pombos estarão presentes onde houver comida.
Por isso, não se deve alimentá-los. Flávio admite que o excesso dessas aves pode prejudicar o convívio harmônico com o ser humano e por isso cita a responsabilidade do homem ao jogar comida nas ruas. Os pombos são responsáveis por uma importante função de equilíbrio ambiental e limpeza das ruas.