Calor faz infestações de escorpião virarem problema em Curitiba

Além do desconforto físico, o aumento da temperatura em Curitiba tem aprsentado outro efeito nocivo: as ocorrências de escorpiões nos lares. Nas redes sociais, pipocam relatos de pessoas que tiveram suas casas invadidas pelo animal.

Uma possível explicação para a situação, inclusive, é o calor. É que com a elevação da temperatura os animais peçonhentos acabam entrando nos lares ao procurarem por insetos e também para procriar. Escorpiões costumam ser encontrados embaixo de telhas, nos entulhos de quintal, dentro de tijolos, de madeiras e restos de construção. Eles entram em casas por meio de frestas e por baixo da porta além de poder subir pelo ralo ou janelas abertas, já que pode se locomover pelas paredes.

Em caso de alguém ser picado, a recomendação é para não apertar, chupar ou amarrar o local da picada. O paciente deve buscar ajuda médica com urgência e, se possível, informar a espécie do animal – no Paraná, predominam duas espécies: o escorpião amarelo e um de cor marrom clara, que possui um desenho de triângulo no corpo. Ao tentar matar ou capturar aracnídeo recomenda-se usar objetos que possibilitem a captura à distância.

Mais de 900 picadas em 2017

Até setembro de 2017 haviam sido registrados no Paraná, de acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde, 924 acidentes com escorpiões. Em todo o ano de 2016, foram 1.738 casos. Ao todo, incluindo os demais animais peçonhentos (escorpiões/aranhas/cobras), foram 14 mil atendimentos em 2016. Os números são altos.

Neste ano, duas crianças morreram em decorrência de picadas de escorpiões amarelos. Um dos casos foi registrado em Jussara. O menino de apenas 4 anos foi picado em casa. Ele foi socorrido e encaminhado a um hospital de Maringá, mas morreu pouco depois. A segunda morte em decorrência de picada de escorpião, foi registrada no dia 15 de setembro. A criança de 5 anos, moradora de Cianorte, foi picada no tapete da sala da casa que morava.

O escorpião marrom é o principal responsável por acidentes em São Paulo, no Paraná e, também, em Pato Branco. A maioria dos escorpiões, podem viver de 2 a 6 anos, tanto em lugares desertos quanto nas matas. Nos centros urbanos, vivem, principalmente, debaixo de pedras, tijolos, telhas e nas fendas das árvores. Gostam de entulhos de obras e lixo em quintais e terrenos baldios e onde se propagam insetos, como em caixas de gordura e fossas sépticas que são ambientes propícios onde encontram alimento, principalmente baratas, mas também outros insetos como grilos, besouros e moscas. Cada mãe tem aproximadamente dois partos/ano com média de 25 filhotes cada, podendo chegar a 160 filhotes durante a vida.

São animais noturnos que se escondem durante o dia, procurando substratos mais escuros para se esconderem e confundirem com o ambiente tais como sob cascos de árvores, pedras e entulhos, dentro dos domicílios se escondem principalmente nos sapatos e em roupas que ficam pelo chão. Por isso, 70% dos acidentes ocorrem nas pontas dos dedos dos pés e das mãos.
O atributo mais notório do escorpião é seu ferrão venenoso. O veneno dos escorpiões é neurotóxico. Sua ação é muito rápida e forte. A dor é intensa se irradiando por todo o corpo da vítima. Agindo especialmente sobre o sistema nervoso, podendo causar a morte por insuficiência cardiopulmonar. O soro antiescorpiônico é o único remédio eficaz contra as ferroadas dos escorpiões. Todas as espécies de escorpião são venenosas, mas o escorpião marrom é um dos mais venenosos. Os riscos são maiores para idosos e crianças pequenas.

Porque a infestação de escorpiões preocupa?

No Brasil houve um aumento de quase 600% no número de acidentes e mortes causados por esses animais nos últimos 15 anos. Esse aumento é o resultado da expansão urbana sobre áreas antes ocupadas por matas, o acúmulo de lixo e entulho, a diminuição dos predadores naturais e a grande capacidade desses animais se adaptarem ao ambiente. Segundo dados do Ministério da Saúde, os escorpiões provocaram a maior parte dos acidentes com animais peçonhentos no país, em 2015 foram 74.598 casos registrados, e causaram 119 mortes. Recentemente dois casos, a morte de uma menina de 5 anos em Cianorte e de um menino de 4 anos em Maringá comoveram a sociedade paranaense.
Dever do Poder Público e da comunidade.

Fonte: https://www.bemparana.com.br/noticia/543336/calor-faz-infestacoes-de-escorpiao-virarem-problema-em-curitiba

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