Número de mortes por febre maculosa em Americana é o maior desde 2010

Na terça-feira, Prefeitura confirmou cinco óbitos pela doença no município, recorde nos últimos nove anos. Administração faz alerta para as áreas de risco.

número de mortes por febre maculosa em Americana (SP) é o maior dos últimos nove anos, de acordo com dados da Secretaria de Saúde. Na terça-feira (29), a Prefeitura confirmou resultado positivo para cinco óbitos que estavam em investigação. Há ainda outras três mortes em investigação e três casos suspeitos, em que as pessoas apresentaram os sintomas da enfermidade, mas receberam alta após tratamento.

Segundo a administração municipal, o índice é o mais alto desde 2010, quando houve três mortes. Antes de 2018, o ano com mais óbitos foi 2014, com quatro. 2013 e 2016 não registraram vítimas fatais da doença, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. Veja os dados completos no gráfico abaixo.

Mortes por febre maculosa em Americana
Índice de 2018 é o maior dos últimos nove anos
Sem título
Fonte: Secretaria de Saúde de Americana

Casos

Entre as vítimas estão cinco homens com idades entre 23 e 65 anos. A maioria dos pacientes apresentou sintomas parecidos, entre eles, vômito, dores abdominais e musculares, náuseas, erupções cutâneas; e em alguns casos, icterícia.

Segundo a administração, a primeira morte confirmada por febre maculosa é a de um jovem, de 23 anos, que residia no Jardim São Paulo. Ele foi internado no Hospital Municipal com febre e, de acordo com a assessoria, há relatos de que esteve em um pesqueiro em Nova Odessa (SP).

Em outros quatro casos, informou a assessoria do governo, as pessoas contaminadas teriam passado pelas margens do Rio Piracicaba (SP), perto do Museu do Salto Grande, durante pescarias, consideradas áreas de risco. Entre as vítimas estão: um homem de 53 (residia no São Vito); dois moradores de 59 e 65 anos (área do Antônio Zanaga), e um morador de 60 anos, do bairro Vila Bela.

Apesar de 4 dos 5 casos terem sido contraídos no mesmo local, a região ainda não tem muitos alertas para a doença, o que contribui para o fluxo de pessoas continuar alto.

“Deveria colocar alguma placa falando que aqui é área de risco, que não pode pescar. Porque a gente vem para distrair a cabeça, quero sair daqui é com peixe, não com febre”, disse o estudante Ricardo Henrique.

A Prefeitura de Americana informou que vai providenciar as placas de sinalização das principais áreas de risco.

Áreas de risco para febre maculosa

  • Carioba (pesqueiros do Rio Piracicaba, próximos ao Parque Têxtil da Rua Carioba).
  • Casa de Cultura Herman Müller (mata ciliar adjacente ao Ribeirão Quilombo)
  • Rio Jaguari (região pós-Represa do Salto Grande / chácaras nas proximidades da Colônia Agrícola do Sobrado Velho)
  • Museu Histórico (pesqueiros na confluência dos Rios Atibaia e Jaguari)
  • Assentamento Milton Santos (matas ciliares do Rio Jaguari e Córrego Jacutinga)
  • Ponte do Rio Piracicaba / Rodovia Anhanguera (pesqueiros locais)
  • Rio Piracicaba (pesqueiros na proximidade do Centro de Detenção Provisória de Americana)
  • Represa do Jardim Imperador (área do Portal dos Nobres)
  • Praia dos Namorados (orla da Represa do Salto Grande)
  • Bairro Mirandola (pastos e matas periféricas)
  • Praia do Zanaga (braço da Represa do Salto Grande entre os Bairros do Zanaga e Vale das Nogueiras)
  • Usina da CPFL (Represa do Salto Grande)
  • Praia Azul (orla da Represa do Salto Grande)
  • Ribeirão Quilombo (toda a extensão)
  • Área Verde do Parque Nova Carioba (mata ciliar do Córrego Bertini)
 

De acordo com o governo, moradores devem evitar áreas de risco ou tomarem cuidados como:

  • Usar roupas claras porque facilitam a visualização dos carrapatos;
  • Colocar a barra das calças dentro das meias e calçar botas de cano alto;
  • Examinar o corpo cuidadosamente a cada três horas, porque os carrapatos transmitem a bactéria causadora da febre maculosa, depois de algumas horas após a picada na pele;
  • Cuidado ao retirar o carrapato que estiver grudado à pele, fazendo-o mediante leve torção;
  • Procurar o serviço de saúde e informar ao médico sobre contato com carrapatos, caso apresente febre alta, dores no corpo e de cabeça, calafrios e manchas avermelhadas na pele em período de dois a 14 dias após frequentar áreas consideradas de risco para a doença.

Fonte:  G1 Campinas

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